terça-feira, 24 de novembro de 2009

Maringá tem a melhor taxa de emprego do PR

Dados do Caged mostram que 35,65% dos maringaenses trabalham com carteira assinada. É o melhor índice do Paraná, considerando os municípios com mais de 100 mil habitantes

Maringá tem a melhor taxa de emprego da população no mercado formal de trabalho, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes do Paraná. Dados de outubro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que 35,65% dos maringaenses trabalham com carteira assinada. O estoque de vagas formais no período é de 119.644 trabalhadores, para uma população de 335.511 habitantes, de acordo com estimativa de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de emprego do município melhorou em 2009. Em janeiro, o mercado formal de trabalho empregava 114.136 pessoas – 34,02% da população.
Além de Maringá, outros dois municípios do Estado com mais de 100 mil habitantes mantêm 30% de sua população com carteira assinada. Em Curitiba, 33,54% dos 851.215 habitantes estão inseridos no mercado formal. Em Araucária, com 117.964 moradores, a taxa é de 31,38%.

Na média dos 16 municípios do Paraná com mais de 100 mil habitantes, o mercado formal de trabalho emprega 27,21% da população. O pior desempenho é de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. O município tem 247.268 habitantes e taxa de emprego de 12,85%. Depois vêm Foz do Iguaçu (12,89) e Guarapuava (16,82%).

De acordo com o Censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pessoas com menos de 15 anos de idade e mais de 65 anos representam 30,46% da população total de Maringá. Em tese, a faixa populacional em idade de trabalho seria de 69,54% dos habitantes – limite máximo para a taxa de emprego. Embora esse índice seja virtualmente inalcançável – considerando o trabalho informal, o desemprego voluntário, profissionais liberais e empregadores –, a cidade tem condições de ampliar a empregabilidade da população.

Para o diretor-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), o economista João Celso Sordi, a taxa deverá crescer nos próximos anos. “Embora ela deva ocorrer com avanços proporcionais cada vez menores”, afirma ele.

Segundo o economista, a população de Maringá deverá aumentar em 5 mil habitantes por ano, até o patamar de 400 mil habitantes. O crescimento no número de empregos é mais complexo porque precisa atender a população que chega e a margem de desempregados já existente na cidade. “Por isso fica cada vez mais difícil, mas não há um limite nem técnico e nem científico para essa taxa de emprego”, analisa Sordi.

Ele ressalta que, de acordo com teorias de desenvolvimento econômico, em regiões onde a população possui uma taxa escolaridade média acima de 12 anos de estudo, o crescimento é autossustentado. “Maringá, dificilmente, não dará certo. A verdade é que Maringá já passou do ponto em que o Brasil quer chegar e que milhares de cidades brasileiras também querem”, acrescenta.


Serviços

O setor que mais emprega em Maringá, de acordo com a distribuição por categorias em outubro, é o de serviços, com 40,17% da força de trabalho. Entre as subcategorias do setor, as que mais empregam são alojamento de comunicação (12,81%), administração técnico-profissional (8,81%), transporte e comunicações (6,81%), serviços médicos, odontológicos e veterinários (5,36%) e ensino (3,9%). O setor de serviços emprega 48.053 pessoas no município.

A indústria emprega 31,43% da força de trabalho maringaense, ou 37.589 pessoas. As categorias industriais que mais atraem trabalhadores são a indústria de alimentação e bebidas (8,15%), construção civil (7,8%) e indústria têxtil (6,19%). O comércio emprega 27,82% da população – o que representa 33.288 pessoas.
Fonte: Jornal O Diário do Norte do Paraná Online - 24/11/2009

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