sexta-feira, 3 de junho de 2011

Rotam de Maringá pode virar Polícia de Choque

Poliana Lisboa

A última semana foi de treinamento intensivo para os 40 policiais militares da Rondas Táticas Motorizadas (Rotam) e seus grupos, a Patrulha Rural e o Canil. Todos os dias, das 4h à meia-noite, o treino incluía cassetetes, armas longas, corda e grampos de rapel.

No grito "choque", repetido algumas vezes ao dia, os policiais não escondiam o desejo de passarem a integrar uma tropa de choque.

O relações públicas do 4° Batalhão de Polícia Militar, tenente Alexandro Marcolino Gomes, diz que um ofício foi enviado para a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) solicitando a criação do grupo em Maringá.

As mudança permitiria a contratação de efetivo de até 110 policiais e exige treinamento especial. Assim como na Rotam, os PMs que fizerem parte da Polícia de Choque não terão direito a adicional salarial.

A discussão se tornou pública com a indicação apresentada pelo deputado estadual Gilson de Souza (PSC), na última quarta-feira, na Assembleia Legislativa do Paraná. Ele propõe a "transformação da Rotam de Maringá em Polícia de Choque.

De acordo com Carlos Alencar Júnior, advogado e representante do parlamentar em Maringá, a questão não foi discutida previamente com o 4° BPM. Ele conta que a indicação é resultado do tamanho da região atendida pelo 4º BPM – 23 municípios e 674.809 habitantes - e a presença de estabelecimentos prisionais, como o Centro de Detenção Provisória (CDP) e a Penitenciária Estadual de Maringá (PEM).

Cascavel, Guarapuava, Foz do Iguaçu e Londrina têm Polícia de Choque. Mas Maringá, a terceira maior cidade do Estado, iguala-se a municípios menores com a Rotam como a polícia mais especializada.

A Rotam serve de segundo esforço para atender às ocorrências da PM. Com treinamento especializado, o grupo é chamado em situações de distúrbio civil, como manifestações, reintegrações de posse e intervenções em estabelecimentos prisionais, quando o Batalhão de Polícia de Choque autoriza. Enquanto não é solicitada, faz patrulhamento. Normalmente, quatro policiais por veículo transitam sempre com as armas de porte e longas.



Na tarde de ontem, Alencar Júnior entrou em contato com o comando do 4° BPM para que o deputado visite o local para articular o próximo passo.
Fonte: Jornal O Diário de Maringá, 03/05/2011

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